3B: Ativando a Língua

Se você tem nível 5 compreensão de algum assunto, já adquiriu grande parte da sua língua-alvo (LA). Durante sua imersão, você já entende muitas frases e palavras instantaneamente e sem esforço.

O próximo passo é aprender a usar a língua que você adquiriu. Chamamos este processo de “ativação”. Para isto, você precisa primeiro descobrir o que adquiriu e o que não adquiriu. Então, você precisa usar essa língua adquirida até se tornar tão automática quanto a sua compreensão.

Um benefício adicional deste processo é que você também identifica as partes do idioma que ainda não adquiriu. Quando identificá-las, seu cérebro naturalmente irá procurar os usos corretos durante a imersão e você irá adquiri-las mais rapidamente.

Escrita

Como constatamos em 3A: Comece pela Escrita, recomendamos começar a escrever em vez de falar, pois, falar é, na verdade, uma mistura de várias competências.

Outra razão pela qual recomendamos escrever é porquê você não pode esconder seus erros. Isto facilita ser corrigido e te força a confrontrar os seus erros, impedindo que eles se solidifiquem e se tornem maus hábitos.

Por isso, durante a escrita, você deve evitar pesquisas de dicionário ou de gramática. Estes recursos escondem sua verdadeira habilidade.

Sendo corrigido

A correção é a chave para descobrir quais partes do idioma que você adquiriu e quais você não adquiriu. Ao receber a confirmação de que uma parte do que escreveu está correto, você pode seguir a usando confiantemente até que seja totalmente ativado.

Quando você toma consciência de que algo está incorreto, seu cérebro naturalmente procurará o uso correto durante a imersão, acelerando a aquisição.

Autocorreção

Quanto mais você adquirir, mais forte será sua intuição do que soa natural e correto. Quanto mais forte essa intuição for, mais fácil será a “saída” (escrita e fala) do idioma e mais seguro estará sobre o que é correto e o que não é.

Com o nível 5 de compreensão, você já conseguirá usar corretamente uma grande parte da sua LA. Também se torna capaz de notar erros óbvios e corrigi-los por si mesmo.

No entanto, ainda haverá muitos casos que requerem a perspectiva de um nativo. Quando você não tiver certeza de algo que escreveu, precisará que um nativo te diga o que está certo e o que está errado.

Correções de nativos

Até que você tenha desenvolvido a intuição para autocorreção, é importante ser corrigido por um falante nativo.

Ao ser corrigido por um falante nativo, sua tendência natural será tentar memorizar o que te disseram. É incorreto pensar sobre a correção desta forma. Lembre-se, o objetivo de correção é ajudar a perceber os erros, não consertá-los. Quando ver as frases corretas o suficiente em sua imersão, seu cérebro naturalmente corrigirá o erro.

Ao ser corrigido por um nativo, confie nas suas correções, mas desconfie da sua explicação do porquê de algo estar errado. A maioria dos falantes nativos são ruins em explicar regras gramaticais porque nunca as estudaram. Eles aprenderam sua língua materna inteiramente através da imersão.

Corrigindo pelo Google

Se você não houver um falante nativo disponível, você pode usar o Google. Se você escreveu uma frase e não tem certeza se soa natural, você pode procurá-la no Google para ver o quão comum ela é.

Isto funciona melhor com frases curtas e fragmentos de frases. Busque o fragmento em questão entre aspas para ver se alguém na internet já o escreveu antes. Se é uma frase natural e usada de maneira recorrente, ela terá centenas de milhares de resultados.

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